O que é Espiritismo e quais são os seus Princípios Básicos
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
Projeto: Regina Plá Gil, Agnes Fett e Marcos Ávila.
Conclusão: Vanda Simões
Publicado no Portal do Espírito
O Espiritismo é uma doutrina que trata da natureza, da origem e do destino dos
Espíritos e de suas relações com a vida material. Foi revelada por Espíritos
Superiores e codificada (organizada) em 1857 por um professor francês conhecido
como Allan Kardec.
Surgiu, pois, na França, há mais de um século. Traz em si três faces: filosofia,
ciência e religião (moral).
Os adeptos da Doutrina Espírita são os espíritas e suas práticas se baseiam no
estudo das obras básicas da Codificação e na assistência material e espiritual
aos necessitados.
O Espiritismo possui cinco princípios básicos, de onde procedem todas as suas
práticas:
1 - A existência do Espírito e sua sobrevivência após a morte.
"Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu
irmão, e os conduziu em particular ao alto monte,
E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e os seus
vestidos se tornaram brancos como a luz.
E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele" - (Mateus 17.1-3).
Veja também: I Pedro 3.19-20 - I Pedro 4.6 - Marcos 12.26-27 e Romanos 11.15.
2 - A reencarnação.
"Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.
E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" - (Mateus 11.13-15).
Veja também Mateus 17.9-13 e João 3.3-13
3 - A lei de causa e efeito.
"Então Jesus disse-lhe: Enfia no seu lugar a tua espada; porque todos que
lançarem mão da espada à espada morrerão" - (Mateus 26.52).
"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear,
isso também ceifará" - (Gálatas 6.7).
Veja também: Mateus 18.7
4 - A comunicação entre o mundo material e espiritual.
"E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei
sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os
vossos mancebos terão visão, e os vossos velhos sonharão sonhos;
E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas
naqueles dias, e profetizarão;" - (Atos 2.17-18).
"E disse-me o Espírito que fosse com eles, nada duvidando; e também estes
seis irmãos foram comigo, e entramos em casa daquele varão;" - (Atos 11.12).
Veja também: Mateus 17.1-3 - I Samuel 28.11-20 e Números 11.26-30
5 - A evolução progressiva dos Espíritos.
"Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma
junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram;
E outra caiu sobre pedra, e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade;
E outra caiu entre espinhos, e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram;
E outra caiu em boa terra, e, nascida, produziu fruto, cento por um. Dizendo ele
estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
E os seus discípulos o interrogavam, dizendo: Que parábola é esta?
E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios de Deus, mas aos outros por
parábolas, para que, vendo, não vejam, e, ouvindo, não entendam.
Esta é pois a parábola. A semente é a palavra de Deus;
E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo e
tira-lhes do coração a palavra, para que se não salve, crendo;
E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com
alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da
tentação se desviam;
E a que caiu entre os espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante,
são sufocados com os cuidados, e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto
com perfeição;
E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num
coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança" - (Lucas 8.5-15).
Veja também: Gênesis 28.12
Tais princípios estão contidos na Bíblia e nas cinco obras básicas da
Codificação, que os analisa de maneira racional e interessante. São elas:
- O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857). Obra de caráter filosófico. É considerado a
espinha dorsal do Espiritismo, já que todas as outras obras partem de seus
princípios.
- O LIVRO DOS MÉDIUNS (1861). Demonstra as conseqüências morais e filosóficas
decorrentes das relações entre o mundo material e espiritual.
- O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864). Parte religiosa e moral da
Doutrina Espírita. Ensina a moral cristã através de comentários sobre as
principais passagens da vida de Jesus Cristo.
- O CÉU E O INFERNO (1865). Allan Kardec apresenta a verdadeira face do
desejado Céu, do temido Inferno, como também do chamado Purgatório. Põe fim às
penas eternas, demonstrando que tudo no universo evolui.
- A GÊNESE (1868). Mostra como foi criado o mundo, como apareceram as
criaturas e como é o Universo. É a parte científica da Doutrina. Explica a
Criação, colocando a Ciência e a Religião face a face.
ESPIRITISMO E ESPIRITUALISMO SÃO A MESMA COISA?
Espiritualismo é o oposto do materialismo. Este, como se sabe, é o grande
móvel da derrocada do homem, com sua doutrina imediatista, egoísta e
exclusivista. Todas as religiões que acreditam existir no homem uma
individualidade (alma ou Espírito) que sobrevive à morte do corpo carnal são
espiritualistas. Entretanto, nem todo espiritualista é espírita.
O Espiritismo, como já citamos, também acredita na sobrevivência do Espírito e
sua comunicação com o mundo material, contudo, tem sua base científica,
filosófica e religiosa (moral) pautada na Codificação de Allan Kardec e no
Evangelho de Jesus Cristo. Portanto tem um corpo doutrinário-filosófico
organizado, utilizado por seus adeptos em suas vidas cotidianas e nas sociedades
espíritas.
COMO O ESPIRITISMO EXPLICA O CÉU, O INFERNO E PURGATÓRIO?
Segundo o Espiritismo, as virtudes são eternas e os defeitos temporários. O
objetivo da criatura é trabalhar incessantemente pela abolição das imperfeições
e aquisição dos valores morais que eleva progressivamente o Espírito ao bem, ou
à conquista do chamado "céu". Por acreditar que o mundo espiritual é a
verdadeira morada, só aqueles que se elevam ao bem habitam as regiões celestiais
ditas paraíso onde, diferente de outras religiões, o Espiritismo acredita
habitarem Espíritos que trabalham na edificação do mundo novo. Na verdade, o céu
não se trata de um lugar demarcado, mas de um estado de perfeição espiritual
conquistado individualmente pelo Espírito, através de seu constante esforço. O
que vale dizer que uns apressam e outros retardam seu próprio progresso.
"Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e
então dará a cada um segundo as suas obras" - (Mateus 16.27).
"A felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos ou puros.
Eles a atingem só depois de haver progredido em inteligência e moralidade" -
(Allan Kardec).
Deus em sua perfeição suprema, sendo a concepção da bondade e da caridade, só
pode ter criado os Espíritos para um dia usufruírem da sua glória, e não para
condená-los a sofrimentos eternos. É lógico concluir que as penas eternas são
incompatíveis com a justiça do Pai.
A criação do inferno cristão se origina das concepções pagãs das penas e gozos
eternos, com uma grande dose de exagêro. Deus condenaria sem piedade seus filhos
maus a expiarem para sempre em regiões de dores e sofrimentos terríveis.
Entretanto, em sua doutrina, Jesus nos trouxe um ensinamento contrário a esse
pensamento :
"...Ou qual de vós, porventura, é o homem que, se seu filho lhe pedir pão,
lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma
serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos
filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas
pedirem" (Mateus - 7.11).
Portanto Deus, em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus
filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades quantas
precisamos para nosso crescimento espiritual.
O inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de consciência
compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins predominam em suas
personalidades, que se inclinam ao mau e nele se comprazem. São apenas irmãos
imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno dentro de suas próprias consciências
e que, através de novas oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de
sucessivas experiências encarnatórias também alcançarão a perfeição.
"E Ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós, tendo cem
ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai
após a perdida até que venha a achá-la?
E, achando-a, a põe sobre seus ombros, gostoso;
E, chegando a casa convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos
comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais
do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" - (Lucas
15.3-7).
"Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes
pequeninos se perca" - (Mateus 18.14).
O chamado purgatório, por sua vez, é uma condição de sofrimento temporário
para as almas que necessitam da conscientização de seus erros e ali permanecem
até o arrependimento destes. Esta idéia é defendida por várias religiões,
inclusive o Espiritismo, com alusão ao fato de que a permanência neste estado
espiritual é mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada
Espírito sofredor. Conhecido como umbral na Doutrina Espírita, o purgatório é
também um estado de espírito e não um local definido ou circunscrito onde
habitam eternamente os Espíritos sofredores.
Analisando a questão por outro aspecto e levando-se em consideração que somos
seres imortais trabalhando constantemente pela depuração do Espírito, pode-se
compreender que cada reencarnação em mundos de provas e expiações, como a Terra
por exemplo, funciona como uma "purgação" para o Espírito que almeja sempre sua
felicidade em condições melhores.
"O purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade
material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e
a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em
benefício do seu futuro" (Allan Kardec).
"Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil
anos, e mil anos como um dia.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia; mas é
longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, se não que todos
venham a arrepender-se" - (II Pedro 3.8-9)
O ESPIRITISMO COLOCA O HOMEM SOB A INFLUÊNCIA DOS DEMÔNIOS?
Só o preconceito pode justificar essa afirmativa. Afinal, como uma doutrina
embasada no Evangelho de Jesus pode ligar alguém a demônios?
O Espiritismo não veio criar uma nova moral, mas sim facilitar aos homens a
compreensão e a prática da moral do Cristo, ao dar uma fé sólida, racional e
esclarecida aos que buscam a verdade. Prega que o homem de bem, o verdadeiro
cristão, é aquele que pratica a lei de justiça, amor e caridade em sua
plenitude. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e
pelos esforços que faz em dominar suas más inclinações.
O Espiritismo nos ensina que Deus, na sua bondade e sabedoria infinitas, não
criou seres voltados ao mal por toda a eternidade. Há Espíritos ignorantes e
imperfeitos que nos inflamam más paixões e nos induzem ao mal, assim como os
bons podem nos influenciar para o bem.
O diabo é a representação alegórica do mal, que resume em si todas as mazelas
dos Espíritos imperfeitos. São os chamados demônios, que nada mais são que
Espíritos ignorantes e imperfeitos, ainda distantes do bem, que diante de
corações impuros e preconceituosos, se comprazem com eles e lhes induzem ao
erro, promovendo-lhes más idéias e julgamentos. Esses Espíritos não são
patrimônio do Espiritismo e, como os bons, também podem estar em todo lugar,
podendo ser atraídos por todos os que se afinizam com seus propósitos.
Lembramos que o próprio Jesus foi citado por seus inimigos de ser possuído por
demônios, por falar de uma doutrina contrária aos valores vigentes. Contudo suas
obras evidenciaram sua grandeza. É dele mesmo a afirmação de que cada árvore é
conhecida pelo seu fruto e o fruto da Doutrina Espírita é evidenciado pelas suas
boas obras. A maior e mais importante obra do Espiritismo é transformação da
criatura através do estímulo ao autoconhecimento, retirando o homem do estado de
ignorância em que se encontra, instruindo-o ao nível da luz.
"Mas alguns deles diziam: Ele expulsa os demônios por Belzebu, príncipe dos
demônios.
E outros, tentando-o, pediam-lhes um sinal do céu.
Mas, conhecendo Ele os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino, dividido
contra si mesmo, será assolado; e a casa, dividida contra si mesma, cairá.
E se também Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino?
Pois dizeis que eu expulso os demônios por Belzebu.
E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos?
Eles pois serão os vossos juizes.
Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o
reino de Deus" - (Lucas 11.15-20).
Veja também: Mateus 9.34 - Mateus 11.18 - Mateus 12.33 - Marcos 3.22.
POR QUÊ CONFUNDEM ESPIRITISMO COM UMBANDA?
A Umbanda é um culto religioso respeitado pelos espíritas como todos os
outros o são, até mesmo porque está amparado no princípio geral da liberdade de
crença contido na Constituição do Brasil. Contudo, ela não é Espiritismo. Seu
acervo de símbolos, objetos, instrumentos, práticas, etc, não se ajustam de
maneira alguma à Doutrina Espírita. Aqueles que confundem Umbanda com
Espiritismo se apegam às seguintes afirmações: a Umbanda é espiritualista, rende
culto a Deus, fundamenta-se em fenômenos produzidos por Espíritos desencarnados,
aceita a reencarnação e faz caridade. Todavia, a Umbanda tem culto material,
rituais, vestimentas específicas, imagens, altares, pontos riscados e
denominações totalmente especiais para médiuns (cavalos) e Espíritos (exús,
pretos-velhos, caboclos, ibegis), que não existem no Espiritismo. Além dessas
abismais diferenças, a Umbanda não se rege pela Codificação de Allan Kardec.
Portanto, está claro que embora espiritualista e ter características mediúnicas,
a Umbanda não constitui variante nem modalidade do Espiritismo. Essa confusão se
dá pelo desconhecimento do que seja a Doutrina Espírita e consequente
interpretação errônea dos fenômenos da mediunidade.
O ESPIRITISMO FAZ MACUMBA, DESPACHO OU QUALQUER OUTRO RITUAL?
O Espiritismo não tem culto material e nem tem rituais, não prescreve
qualquer vestimenta, nem função sacerdotal, não usa imagens, nem faz sacrifícios
de animais ou seres humanos, não tem símbolos ou sinais cabalísticos, não faz
cerimônias matrimoniais, ou de batismo, nem exorcismo. Resumindo, a Doutrina
Espírita tendo como principal objetivo o cultivo dos valores do Espírito é
totalmente isenta de atos exteriores. Sua nomenclatura se baseia nas obras da
Codificação e suas práticas mediúnicas são executadas dentro de um ambiente
evangélico de harmonia e oração, sem qualquer culto exterior ou movimentos e
palavreado estereotipados. Suas reuniões mediúnicas são fechadas ao público e
conduzidas com rigor, onde não existem velas, cantos, danças, cigarro bebida ou
cobrança de taxas.
Compreende-se, portanto, que qualquer culto que contenha tais práticas, não pode
e não deve receber a designação de espírita.
"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade" - (João 4.24).
"Amados não deis crédito a qualquer Espírito. Antes, provai os Espíritos se
procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora" - (I
João 4.1).
"E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo.
E os ensinava, dizendo: Não está escrito - A minha casa será chamada por todas
as nações casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.
E os Escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isto, buscavam ocasião
para o matar; pois eles o temiam, porque toda multidão estava admirada acerca da
sua doutrina" - (Marcos 11.16-18).
"Porque eu quero misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus,
mais do que o holocausto" - (Oséias 6.6).
O ESPIRITISMO FAZ USO DE BOLA DE CRISTAL, PRATICA QUIROMANCIA, ASTROLOGIA, HIPNOTISMO, MAGIA OU PARAPSICOLOGIA?
Dentre uma série de práticas rotuladas erroneamente como espíritas, estão
estas e também outras como a terapia regressivas a vidas passadas (TRVP), a
transcomunicação instrumental (TCI), a cristalterapia , a cromoterapia, ufologia
etc. A maioria delas não possue fundamentação doutrinária lógica, e não
encontram respaldo nas obras de Allan Kardec, portanto, não são práticas
espíritas.
Qualquer Centro Espírita que se utilize de tais práticas está se desviando dos
seus verdadeiros e nobres objetivos.
As notícias frequentemente veiculadas pela mídia em geral, de que os espíritas
previram o futuro, fizeram oferendas a Iemanjá, estão ligados a culto demoníaco,
dentre outras, comprovam o desconhecimento que existe sobre a Doutrina Espírita,
apesar da sua atual expansão e crescente número de adeptos. O Espiritismo não é
responsável pelos que abusam do seu nome e o exploram.
Assim como a ciência médica não o é pelos charlatões que vendem suas drogas ou
como a religião também não o é pelos sacerdotes que abusam do seu ministério.
"Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em
ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.
Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou
figos dos abrolhos?" - (Mateus7.15-16).
"Se alguém ensina alguma doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de
Nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, É soberbo,
e nada sabe mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais
nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas" - (I Timóteo 6.3-4).
"Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, por que bom
é que o coração se fortifique com graça, e não com manjares, que de nada
aproveitaram aos que a eles se entregaram" - (Hebreus 13.9).
POR QUÊ ALGUMAS RELIGIÕES COMBATEM TANTO O ESPIRITISMO?
Não há razões sensatas para o combate a uma doutrina que segue o Evangelho de
Jesus Cristo, baseada no bem e no amor a Deus e ao próximo, discordante apenas
das convicções filosóficas de algumas outras. A intolerância religiosa é marca
dos falsos profetas, ignorantes na carne e no espírito, fruto das idéias
preconcebidas e da presunção de serem donos da verdade. O combate ao Espiritismo
se deve ao desconhecimento das suas idéias e à confusão que é semeada no meio,
por aqueles que não se dispõem a examiná-las com racionalidade. Contudo, a
Doutrina do Cristo frutificou apesar da falsa interpretação e oposição daqueles
que não a compreendiam.
Se as pessoas que detratam o Espiritismo seguissem o ensinamento do Apóstolo
Paulo, quando nos exorta a examinar tudo e reter o que é bom, certamente teriam
outro posicionamento diante de determinadas idéias que repudiam sem conhecimento
de causa. Se Jesus e seus discípulos recuassem diante dos inimigos de sua
doutrina, o mundo hoje estaria órfão desse código de conduta que norteia a
humanidade.
"Há verdadeiramente duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A
ciência consiste em saber; em crer que se sabe reside a ignorância" -
(Hipócrates).
"E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este
conselho ou esta obra é de homens, se desfará.
Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também
achados combatendo contra Deus" - (Atos 5.38-39).
"Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles
é o reino dos Céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo,
disserem, todo o mal contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o nosso galardão nos céus; porque assim
perseguiram os profetas que foram antes de vós" - (Mateus 5.10-12).
EXISTE ESPIRITISMO DE MESA BRANCA?
A Doutrina Espírita não comporta nenhuma ramificação. Como já explicado, por
suas convicções dispensa qualquer ritual ou aparato. A designação popular de
mesa branca pode ter advindo do fato de que as reuniões mediúnicas espíritas
ocorrem, para simples acomodação, com os participantes dispostos ao redor de uma
mesa, algumas vezes, com uma toalha branca recoberta sobre ela, o que é
absolutamente dispensável. Como tais reuniões tem caráter íntimo e privado,
disciplinado e beneficente, o termo mesa branca surgiu para diferenciar o
Espiritismo de outros cultos, sendo este termo utilizado popularmente também
como sinônimo de Kardecista. Trata-se de um equívoco generalizado, uma vez que
só há um Espiritismo (termo criado pelo próprio Allan Kardec) e este não adota
práticas exteriores para ser diferenciado. Assim , nem mesa branca, alto ou
baixo Espiritismo, Espiritismo elevado etc, são sinônimos de Doutrina Espírita.
OS ESPÍRITOS PODEM INTERFERIR EM NOSSAS VIDAS?
Allan Kardec perguntou aos Espíritos Superiores (pergunta 459 do L.E.) sobre
esta questão e a resposta é clara e precisa: "Nesse sentido a sua influência é
maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem".
Os Espíritos atuam frequentemente sobre o nosso pensamento, dando-nos
sugestões mais ou menos sensatas, boas ou más segundo sua natureza. Quando
desencarnados, os Espíritos continuam com seus vícios ou virtudes e são bons ou
maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres,
verdadeiros ou mentirosos, e estão por toda parte. Sendo assim, facilmente nos
influenciam o pensamento e ações, e dependendo de nossa condição moral,
recebemos boas ou más influências, pela sintonia que se estabelece entre os dois
planos da vida. Aqueles providos de virtudes facilmente poderão ser auxiliados
pelos bons Espíritos, ao contrário dos indivíduos voltados às paixões vulgares.
Nos textos bíblicos encontramos uma série de citações que nos falam dessa
realidade. Eis alguns:
"E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três varões
te buscam. Levanta-te pois, e desce, e vai com eles, não duvidando, porque eu os
enviei" - (I Atos 10.19-20).
"Quando o Espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos,
buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa donde saí.
E, chegando, acha-a varrida e adornada.
Então vai, e leva consigo outros sete Espíritos piores do que ele, e, entrando,
habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro" - (Lucas
11.24-26).
COMO NOS LIVRAMOS DAS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS?
Toda moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, sentimentos
contrários ao egoísmo e ao orgulho, fontes das más inclinações. Em todos os
ensinamentos do Mestre, as virtudes são apontadas como o caminho para a paz
espiritual e a felicidade eterna. Sabendo-se que os Espíritos aliam-se a nós
pela afinidade de pensamentos e sentimentos, o cultivo dos bons pensamentos, o
esforço para melhoria íntima e a prática da caridade aliados à oração,
dificultam muito ou até mesmo impossibilitam o acesso dos maus Espíritos ao
nosso pensamento.
A doutrina de Jesus tem como objetivo levar o ser ao entendimento de sua
condição de Espírito imortal, fadado à perfeição. Através do autoconhecimento,
trabalhando incessantemente para exterminar vícios e adquirir virtudes,
poderemos nos livrar com mais facilidade das más companhias espirituais.
"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o Espírito, na verdade,
está pronto, mas a carne é fraca" - (Marcos 14.38).
"Por isso vos digo que tudo que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e
te-lo-eis;
E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para
que vosso Pai, que está nos Céus vos perdoe as vossas ofensas;
Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai que está nos Céus, vos não perdoará
vossas ofensas" - (Marcos 11.24-26).
O QUE É MEDIUNIDADE?
É uma faculdade natural de toda criatura viva. Podemos dizer que é um canal
psíquico que todos possuem e que liga o Espírito encarnado ao mundo invisível.
É, portanto, através da mediunidade que os encarnados recebem a influência dos
desencarnados, funcionando como uma ponte entre os dois planos.
Embora seja faculdade comum a todos as criaturas, em alguns indivíduos ela se
encontra mais exacerbada, sendo capaz de produzir fenômenos ostensivos como a
profetização, a psicografia e os efeitos físicos.
Sendo uma faculdade orgânica, não depende da qualidade moral de quem a possui.
Isso faz com que haja uma grande diversidade no uso que se faz dela, existindo
tanto aqueles que a utilizam para o bem, como para fins ilícitos, inclusive os
comerciais.
"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" - (I
Corintios 12.1).
"Todas as nossas faculdades são favores que devemos agradecer a Deus, pois há
criaturas que não as possuem. Podias perguntar porque Deus concede boa visão a
malfeitores, destreza aos larápios, eloquência aos que só a utilizam para o mal.
Acontece o mesmo com a mediunidade. Criaturas indignas a possuem porque dela
necessitam mais do que as outras, para se melhorarem" - (Livro dos Médiuns -
Questão 226).
O QUE É MÉDIUM?
Se todos são dotados desse canal psíquico por onde recebem influência
espiritual, logo todas as pessoas são médiuns. Há aqueles, contudo, com uma
capacidade ostensiva de receber e transmitir comunicações de Espíritos, atuando
como intermediários ou como agentes das manifestações dos Espíritos. Estes são
dotados de mediunato, uma faculdade especial, suscetível de desenvolvimento, e
que, quando bem direcionada, pode ser utilizada como um importante meio que os
Espíritos superiores utilizam para edificar o ser ao nível do entendimento.
Segundo sua aptidão, o médium pode exercer sua tarefa em uma das muitas
variedades de mediunidade, como por exemplo escreventes ou psicógrafos,
falantes, de efeito físico, videntes, curadores, entre outros.
A pessoa dotada deste dom divino, tem a obrigação de se instruir sobre ele a fim
de colocá-lo a serviço da obra do Senhor. A mediunidade só tem sentido quando
praticada com essa finalidade.
"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo
Espírito, a palavra da ciência;
E a outro, pelo mesmo Espírito a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de
curar;
E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de
discernir os Espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a
interpretação das línguas" - (I Corintios 12.7-10).
A MEDIUNIDADE FOI INVENTADA PELO ESPIRITISMO?
A mediunidade, tampouco os médiuns, são privilégios do Espiritismo ou foram
inventados por ele. A mediunidade sempre existiu, uma vez que sempre existiram
os planos material e espiritual. A própria Bíblia refere-se às suas
manifestações em diversas de suas passagens, assim como é identificada nas
práticas de muitas religiões da atualidade, embora com outros nomes.
O Espiritismo simplesmente trouxe os ensinamentos capazes de nos orientar a
tirar melhor proveito da mediunidade, no sentido de fazer dela um instrumento
moralizador e de libertação dos Espíritos. É uma fonte material que prova a
sobrevivência da alma após a morte, ampliando nossos conhecimentos acerca dos
ilimitados horizontes espirituais. Sua prática não tem como meta apenas a
produção de fenômenos destinados a despertar os incrédulos ou curar suas
enfermidades espirituais ou carnais; serve para alertar o ser humano de sua
necessidade de despertar para o sentido verdadeiro da vida. Quando bem utilizada
é uma importante alavanca para a evolução espiritual.
"Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o Espírito
de adivinha, para que vá a ela e a consulte. E os seus criados lhe disseram: Eis
que em Endor há uma mulher que tem o Espírito de adivinhar.
E Saul se disfarçou e vestiu outros vestidos, e foi ele, e com ele dois homens,
e de noite vieram à mulher; e disse: Peço-te que me adivinhes pelo Espírito de
adivinha, e me faças subir a quem eu te disser.
Então a mulher lhe disse: Eis aqui tu sabes o que Saul fez, como tem destruído
da terra os adivinhos e os encantadores; porque, pois, me armas um laço a minha
vida, para me fazer matar?
Então Saul lhe jurou pelo Senhor, dizendo: Vive o Senhor, que nenhum mal te
sobreviverá por isso. A mulher então lhe disse: A quem te farei subir? E disse
ele: Faz-me subir a Samuel.
Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou em alta voz; e a mulher falou a Saul,
dizendo: Por que me tens enganado? Pois tu mesmo és Saul.
E o rei lhe disse: Não temas; porém que é o que vês? Então a mulher disse Saul:
Vejo deuses que sobem da terra.
E lhe disse: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um homem ancião, e
está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto
em terra, e se prostrou" - (I Samuel 28.7-14).
O QUE É CENTRO ESPÍRITA E QUAIS SÃO SUAS ATIVIDADES?
Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio
deles" - (Mateus 18.20).
O Centro Espírita é uma casa religiosa onde se ensina, pratica, estuda e
divulga a Doutrina Espírita. Em suas atividades estão incluídas palestras
públicas, nas quais são comentados ensinamentos da Codificação Kardequiana e do
Evangelho de Jesus, além de assistência espiritual e material aos necessitados.
O socorro espiritual é obtido através do atendimento individual àqueles que se
encontram em aflição e desequilíbrio, com orientações e passes como fonte de
regeneração e amparo. Também inclui sessões espíritas reservadas onde se lida
com a mediunidade na área da desobsessão (perturbações espirituais), sem a
participação dos necessitados, onde são esclarecidos e afastados Espíritos
sofredores ou de corações endurecidos que porventura sejam a causa de seus
problemas.
O Centro Espírita tem como objetivo primeiro, orientar as pessoas no sentido de
melhorar sua qualidade de vida através da ação reeducadora da moral do Cristo.
Endereçando o homem a esse entendimento, ele de forma mais ou menos rápida,
poderá livrar-se das más influências e atrair as boas, que o ajudarão a seguir
adiante de forma equilibrada e sadia.
Ao procurar um Centro Espírita, todos poderão receber orientação individual
através de entrevistas particulares, participar de palestras públicas e receber
passes. O contato com o estudo da Doutrina e com os Espíritos depende de normas
rígidas e particulares de cada Centro, mas o bom senso nos diz que a disciplina
e o estudo são metas que devem ser observadas com rigor para o sucesso das
atividades.
O socorro material, por sua vez, considerado como uma atividade paralela, mas de
grande importância, é dado através da assistência a necessitados em forma de
alimentos, vestuário, abrigo, remédios, etc. Os recursos são obtidos através de
uma variedade de promoções realizadas em cada Centro Espírita, como almoços,
jantares, bazares beneficentes, campanhas de arrecadação de alimentos etc,
evitando-se rifas, bingos e outras atividades pouco éticas.
O comportamento dos servidores e frequentadores dos Centros Espíritas se pauta
na harmonia, cordialidade, desejo de servir ao próximo em nome de Jesus e dos
bons Espíritos, de maneira que qualquer casa que cobrar taxa pelas orientações
ou assistência não são espíritas, mesmo que mantenham uma placa na porta com
essa designação.
COMO RECONHECER UM BOM CENTRO ESPÍRITA?
Nunca é demais repetir que um bom Centro Espírita é aquele que segue os
preceitos da Doutrina Espírita, com orientação pautada nas obras da Codificação
Kardequiana. Todo aquele que adota práticas contrárias às contidas em tais
obras, que pratica atos exteriores e desprovidos de racionalidade, deve ser
evitado.
O Centro Espírita, como porta-voz do Espiritismo, no seu aspecto tríplice:
religioso, científico e filosófico, desenvolve suas atividades baseado no "dai
de graça o que de graça recebestes", proporcionando um entendimento mais
completo das leis de Deus e suas aplicações. Logo, o Centro Espírita é um local
de paz, harmonia, consolo, onde ao adentrar suas portas, o homem que sofre com
tantas tragédias e desequilíbrios que o atingem e à toda humanidade, inicia a
formação do alicerce para uma mudança interior que o amparará racionalmente por
toda a sua vida.
O QUE A DOUTRINA RECOMENDA PARA AS PESSOAS COM FÍSICOS E ESPIRITUAIS?
Recomenda que devemos nos interessar sempre por ideais nobres, ocupar nosso
tempo com estudo e trabalho, praticar a caridade especialmente para com
terceiros e manter a vigilância sobre nossos atos e pensamentos. A maneira
segura de afastar as influências más é atrair as boas, uma vez que onde há luz
não permanecem as sombras.
O próprio Codificador nos esclarece que fechar portas e janelas ou fazer uso de
defumadores e velas não afasta Espíritos perturbadores. Contudo, pensamentos
elevados não são alvo destes irmãos ignorantes e desocupados, que não se
aproximam por faltar-lhes afinidade.
Uma postura elevada alivia os sofrimentos morais e físicos que, associada ao
passe, um recurso energético de renovação, pode operar verdadeiros prodígios. As
enfermidades físicas , muitas vezes, têm também causa espiritual e podem ser
atenuadas ou até sanadas pela prática citada acima, porém tem seu componente
orgânico que não dispensa, em hipótese alguma, um tratamento médico
especializado.
Portanto, a Doutrina Espírita prima por simplicidade, conforme exorta Jesus a
seus seguidores. Ao invés de fórmulas mirabolantes, amuletos, talismãs ou outra
coisa qualquer, prescreve única e exclusivamente a reforma íntima como remédio.
Tendo Evangelho de Jesus como código de conduta, o homem descobrirá o segredo da
felicidade, vivenciando o amor a Deus e ao próximo. Levar o homem a essa
descoberta é o maior bem e o maior objetivo da Doutrina Espírita.
A tratamento das enfermidades físicas e psicológicas pelos métodos espíritas não
dispensam, em nenhuma circunstância, a consulta ou o tratamento médico.
QUEM FOI ALLAN KARDEC?
Allan Kardec foi o pseudônimo do homem que codificou a Doutrina Espírita. Seu
nome verdadeiro era Hippolyte Léon Denizard Rivail. Usava tal pseudônimo para
evitar que seu nome, já bastante conhecido nos meios literários, ficasse em
evidência. Nasceu em Lion, na França, em 03 de outubro de 1804 e desencarnou
subitamente em consequência de um aneurisma, em 1869 aos 65 anos de idade. Era
casado, falava quatro idiomas, estudava astronomia e fenômenos ligados ao
magnetismo. Estudou na escola de Pestalozzi, o pai da pedagogia moderna.
Escreveu diversos livros didáticos e lecionava para alunos sem recursos
financeiros.
Em certa ocasião foi convidado por um amigo de nome Fortier, para assistir a uma
brincadeira de salão em evidência na época: as mesas girantes que se comunicavam
através de batidas com seus pés.
Pensando tratar-se de algum fenômeno ligado ao magnetismo aceitou o convite.
Após algumas sessões foi se intrigando, uma vez que, descartadas as causas
conhecidas ou truques, convencia-se de que, por detrás das mensagens, havia
alguma causa inteligente responsável pelos movimentos.
A causa inteligente que se manifestava dizia que os fenômenos eram provocados
por Espíritos de homens que já haviam vivido no mundo. Passou a estudar o
fenômeno e numa das reuniões, agora promovidas pelo próprio Kardec, um Espírito
que usou o nome de Verdade, dizia que caberia ao professor desenvolver, dar
corpo, codificar uma nova doutrina filosófica e religiosa.
Allan Kardec desempenhou com sucesso as obrigações de que fora incumbido,
explicando todos os fenômenos de maneira racional, revivendo e reforçando os
ensinamentos de Jesus e da Espiritualidade Superior.
Utilizou-se de vários médiuns diferentes, que foram cuidadosamente escolhidos,
uma vez que o próprio Kardec não era médium. Fazia perguntas aos Espíritos,
revisando e comparando repetidamente as respostas.
Todos os ensinamentos da Doutrina Espírita, foram reunidos em cinco obras
básicas: O Livro dos Espíritos (1857), O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho
Segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese (1868).
e muito bom, me ajudou muito !!!
ResponderExcluirObrigada, volte sempre.
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